quarta-feira, 6 de setembro de 2023

7 de setembro de 2023 - Dia da Independência do Brasil

 

Há quem pergunte se existe sentido prático em se comemorar a Independência do Brasil.

Como se falar em Independência num mundo globalizado, sem fronteiras, em que cada vez mais os países procuram se reunir em blocos, inicialmente com fins econômicos, mas com a possibilidade de estender a qualquer tipo de interesse?

O certo é que lá já se vão 201 anos da Independência do Brasil, de Portugal, um fato histórico marcante.

Afora o gozo do sempre bem-vindo feriado e a realização dos tradicionais desfiles cívico-militares em quase todas as cidades, a data já não consegue atrair e motivar os brasileiros, até mesmo em razão do nítido descompasso entre os legítimos interesses e direitos das pessoas e as trapalhadas das autoridades do Estado na condução dos assuntos públicos e na construção de uma sociedade verdadeiramente justa, livre e solidária, como garantido pela Constituição.

O dia 7 de setembro de 2023, no entanto, vem ganhando uma certa notoriedade negativa, e por certo ficará marcado, lamentavelmente, pela palermice de se tentar politizar – no sentido mais pejorativo que o termo possa ter – um fato histórico objetivo, a Independência do Brasil, que em si não comporta embates ideológicos, afinal, diz respeito a todos os brasileiros indistintamente.

A ideia de jerico é mais um deplorável capítulo da odiosa polarização partidária que se instalou no Brasil após a meteórica ascensão ao poder do “mito” Jair Messias Bolsonaro – perdedor nas últimas eleições presidenciais para o seu arquirrival Luiz Inácio da Silva –, que pode também perder também os direitos políticos de cidadania ativa, o que implicará na impossibilidade jurídica de postular futuras candidaturas a cargos eletivos.

Os asseclas do bolsonarismo imaginam ter se apropriado do sentimento de patriotismo que é comum a todos os brasileiros pelo só fato de serem brasileiros. Eles agarraram-se à Bandeira do Brasil e a fizeram símbolo da campanha partidária, e agora também querem intervir e atacar as livres manifestações que tradicionalmente ocorrem em cada 7 de setembro, o que se revela manifestamente contrário ao patriotismo que julgam ter.

A campanha deles, noticiada amplamente na mídia, é para que os brasileiros fiquem em casa neste feriado de 7 de setembro. Com isso, imaginam atingir a popularidade do atual governo, para depois saírem dizendo que as comemorações alusivas ao Dia da Independência foram um grande fiasco.

Se isso não for a confissão mais autêntica do mais profundo sentimento de inveja desses inimigos da Pátria, melhor seria riscar essa palavra do dicionário, pois ela não serve de nada.

Como não há nenhuma chance de se riscar uma palavra do dicionário, a patifaria ficará documentada na história, e esses idiotas ficaram reconhecidos por todos, a partir deste 7 de setembro, pelo “desgosto provocado pela felicidade ou prosperidade alheia” e pelo “desejo irrefreável de possuir ou gozar o que é de outrem”, que são os significados da palavra inveja.

Foi assim, movidos por esses perversos e obscuros sentimentos de maldade e destruição, que eles atacaram a democracia brasileira naquele fatídico 8 de janeiro de 2023, e é assim que eles agem na oposição irresponsável no Congresso Nacional, sendo contra tudo o que venha do atual governo, independentemente de ser ou não bom para o País e para as pessoas que aqui vivem.

O patriotismo deles é assim, só funciona na base do venha nós, vosso reino, nada! Não fazem Política, e sim politicagem. Sabotam o País pelo prazer da sua insana patriotariedade.

Apesar deles, resta dizer: viva a Independência do Brasil! Viva o Brasil! Viva os brasileiros! E se você achar que ir às ruas prestigiar os desfiles cívico-militares nada tem a ver com a polarização política e sim com o enaltecimento puro e simples de um dos fatos mais importantes da História do Brasil, como sempre foi feito, vá, sem medo de ser feliz!


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