Há
quem pergunte se existe sentido prático em se comemorar a Independência do
Brasil.
Como se falar em Independência
num mundo globalizado, sem fronteiras, em que cada vez mais os países procuram
se reunir em blocos, inicialmente com fins econômicos, mas com a possibilidade
de estender a qualquer tipo de interesse?
O certo é que lá já se vão 201
anos da Independência do Brasil, de Portugal, um fato histórico marcante.
Afora o gozo do sempre bem-vindo feriado e
a realização dos tradicionais desfiles cívico-militares em quase todas as
cidades, a data já não consegue atrair e motivar os brasileiros, até mesmo em
razão do nítido descompasso entre os legítimos interesses e direitos das pessoas
e as trapalhadas das autoridades do Estado na condução dos assuntos públicos e
na construção de uma sociedade verdadeiramente justa, livre e solidária, como
garantido pela Constituição.
O dia 7 de setembro de 2023, no entanto,
vem ganhando uma certa notoriedade negativa, e por certo ficará marcado,
lamentavelmente, pela palermice de se tentar politizar – no sentido mais
pejorativo que o termo possa ter – um fato histórico objetivo, a Independência
do Brasil, que em si não comporta embates ideológicos, afinal, diz respeito a
todos os brasileiros indistintamente.
A ideia de jerico é mais um deplorável capítulo
da odiosa polarização partidária que se instalou no Brasil após a meteórica
ascensão ao poder do “mito” Jair Messias Bolsonaro – perdedor nas últimas
eleições presidenciais para o seu arquirrival Luiz Inácio da Silva –, que pode também
perder também os direitos políticos de cidadania ativa, o que implicará na
impossibilidade jurídica de postular futuras candidaturas a cargos eletivos.
Os asseclas do bolsonarismo imaginam ter
se apropriado do sentimento de patriotismo que é comum a todos os brasileiros
pelo só fato de serem brasileiros. Eles agarraram-se à Bandeira do Brasil e a
fizeram símbolo da campanha partidária, e agora também querem intervir e atacar
as livres manifestações que tradicionalmente ocorrem em cada 7 de setembro, o
que se revela manifestamente contrário ao patriotismo que julgam ter.
A campanha deles, noticiada amplamente na mídia,
é para que os brasileiros fiquem em casa neste feriado de 7 de setembro. Com
isso, imaginam atingir a popularidade do atual governo, para depois saírem dizendo
que as comemorações alusivas ao Dia da Independência foram um grande fiasco.
Se isso não for a confissão mais autêntica
do mais profundo sentimento de inveja desses inimigos da Pátria, melhor seria riscar
essa palavra do dicionário, pois ela não serve de nada.
Como não há nenhuma chance de se riscar uma
palavra do dicionário, a patifaria ficará documentada na história, e esses
idiotas ficaram reconhecidos por todos, a partir deste 7 de setembro, pelo “desgosto
provocado pela felicidade ou prosperidade alheia” e pelo “desejo irrefreável de
possuir ou gozar o que é de outrem”, que são os significados da palavra inveja.
Foi assim, movidos por esses perversos e
obscuros sentimentos de maldade e destruição, que eles atacaram a democracia
brasileira naquele fatídico 8 de janeiro de 2023, e é assim que eles agem na
oposição irresponsável no Congresso Nacional, sendo contra tudo o que venha do
atual governo, independentemente de ser ou não bom para o País e para as
pessoas que aqui vivem.
O patriotismo deles é assim, só funciona
na base do venha nós, vosso reino, nada! Não fazem Política, e sim politicagem.
Sabotam o País pelo prazer da sua insana patriotariedade.
Apesar deles, resta dizer: viva a
Independência do Brasil! Viva o Brasil! Viva os brasileiros! E se você achar
que ir às ruas prestigiar os desfiles cívico-militares nada tem a ver com a polarização
política e sim com o enaltecimento puro e simples de um dos fatos mais
importantes da História do Brasil, como sempre foi feito, vá, sem medo de ser
feliz!
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